quinta-feira, 28 de maio de 2009

Brincadeiras

Foi a tribo Camaiurás moram no Alto Xingu, no estado de Mato Grosso, às margens do Lago Mawaiaka, em casas tradicionais, as malocas, onde convivem várias famílias. Entre os brinquedos encontrados que utiliza a polpa do pequi como “munição” para simular a atividade da caça. Esse povo conhece também a peteca (potok), as pernas de pau (my’yta) e piões (y’ym). Outro jogo muito praticado por lá é o ywa ywa, em que as crianças usam arco e flecha http://www.funai.gov.br/indios/jogos/imagens/cabodeguera.jpgpara atingir aros feitos de fibra de buriti.

Canibalismo

Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prática do canibalismo era feira em rituais simbólicos.

Ritos e mitos


No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Estes ritos se ligam a gestação e ao nascimento, à iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras situações.

Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo), a maior parte acredita em heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e costumes

Curiosidades


Entre algumas tribos, as mães faziam para os filhos brinquedos de barro cozido, representando figuras de animais e de gente, estas “predominantemente do sexo feminino”, nota o etnólogo Erland Nordenskiold, em estudos entre tribos do norte do Brasil. O que parece, entretanto, é que essas figuras de gente e de animais não são simples brinquedos, mas elementos de religiosidade.

A esse respeito, Kock-Grünberg (1979, p. 135) afirma que meninas de tribos de Roraima não possuem bonecas com formas humanas. Quando o pesquisador oferece uma boneca de louça as indiazinhas chamam-na de tupana, ou seja, “santo”, e utilizam-na como instrumento de adoração, cantando canções sacras que aprendem dos missionários

O que se caracteriza a manifestação?


Os jogos tradicionais indígenas são atividades corporais, com características lúdicas, pelas quais permeiam os mitos e os valores culturais. Eles requerem um aprendizado específico de habilidades motoras, estratégias e/ou chances. Geralmente, são jogados em rituais, para agradar a um ser sobrenatural e/ou para obter fertilidade, chuva, alimentos, saúde, condicionamento físico, sucesso na guerra, entre outros. Visa, também, a preparação do jovem para a vida adulta, a socialização, a cooperação e/ou a formação de guerreiros. Os jogos ocorrem em períodos e locais determinados, as regras são dinamicamente estabelecidas, não há geralmente limite de idade para os jogadores, não existem necessariamente ganhadores/ perdedores e nem requerem premiação, exceto prestígio. A participação em si está carregada de significados e promove experiências que são incorporadas pelo grupo e pelo indivíduo.

No contato com os colonizadores e, depois, com a sociedade contemporânea alguns jogos se mantiveram, outros entraram em desuso e outros foram esvaziados do sentido sócio-cultural original. Atualmente, com o reconhecimento, ainda que tardio, da riqueza das culturas dos povos indígenas que fazem parte da construção da cidadania brasileira, incentiva-se a retomada desses jogos tradicionais e sua re-significação no contexto da atualidade. Neste contexto, impõe-se o registro da memória dessas manifestações, para se conhecer e compreender a riqueza da ludodiversidade humana, entendida como a imensurável variedade de formas de jogar e dos significados dessas expressões humanas 

Como os temas podem ser abordados na escola?


Este tema indígena pode ser abordados nas escolas de forma teórica fazendo com que a criança conheça os costumes indígenas, sua importância cultural, seus rituais e valores da aldeia e suas brincadeiras para aumentar seu conhecimento sobre outras brincadeiras e jogos de uma diferente cultura.

Na forma procedimental, apresentar as brincadeiras e jogos realizados pelos povos indígenas e executar essas brincadeiras com seus colegas para aprender como as crianças indígenas adaptam suas brincadeiras.

Na parte atitudinal aprender como os índios a respeita a natureza e aos mais velhos, os ensinamentos de condutas e regras estipulados pela aldeia e que todos os membros da mesma segue o mesmo padrão de respeito e altruísmo pelo próximo.

A Educação Física na escola indígena é enfatizada nos aspectos da saúde, aprendizado dos esportes e “resgate de jogos tradicionais em desuso” visando à revitalização da cultura.